Bolsista promove encontro entre fazendeiros e pesquisadores alemães

O ex-bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF), Igor Bernardes Mendes de Oliveira, foi responsável por promover encontros entre pesquisadores alemães e fazendeiros de Minas Gerais para debater a utilização de métodos alternativos de energia. As visitas acabaram gerando a abertura de um escritório alemão no estado mineiro. Trata-se de mais um evento de impacto positivo para o país como decorrência direta de uma oportunidade surgida no âmbito do CsF.

O ex-bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF), Igor Bernardes Mendes de Oliveira, foi responsável por promover encontros entre pesquisadores alemães e fazendeiros de Minas Gerais para debater a utilização de métodos alternativos de energia. As visitas acabaram gerando a abertura de um escritório alemão no estado mineiro. Trata-se de mais um evento de impacto positivo para o país como decorrência direta de uma oportunidade surgida no âmbito do CsF.

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Igor é estudante do 10º período de Engenharia Química na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Em 2013, quando estava no 6º período do curso, participei do programa Ciências sem Fronteiras como bolsista de graduação sanduíche na Hochschule Neubrandenburg - University of Applied Sciences, localizada na cidade de Neubrandenburg, nordeste da Alemanha”, lembra.

Foi a partir da experiência de graduação, que Igor teve a possibilidade de fazer estágio relacionado a métodos alternativos de energia. “Durante o intercâmbio, trabalhei em uma pesquisa sobre tratamento de dejetos suínos e geração de biogás em escala piloto em parceria com a empresa ME-LE – Energietechnik. ”A empresa é especializada em elaborar, construir e monitorar soluções energéticas. “Preferencialmente na área de tratamento de efluentes agrícolas e construção de biorreatores para geração combinada de biogás, calor, e energia elétrica”, explica o estudante.

O ex-bolsista afirma que as relações pessoais foram importantes durante o trabalho no exterior. “Nessa pesquisa, tornei-me bastante amigo do professor orientador do projeto e engenheiro consultor da ME-LE, professor Heralt Schöne, uma pessoa apaixonada pelo Brasil e que várias vezes me fazia perceber o quão pouco eu conhecia sobre meu próprio país”.

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Entre várias viagens ao Brasil, o professor Schöne pediu indicações de fazendas as quais poderia visitar para conhecer melhor a estrutura, organização e respectivos sistemas de manejo de efluentes. “Assim, indiquei e intermediei, na época, o contato do presidente da Associação dos Produtores Integrados de Suínos do Estado de Minas Gerais (Aproimg) - Thiago Silveira. Após uma série de visitas a essas propriedades, cheguei a acompanhar algumas delas. e mais estudos de viabilidade, a ME-LE abriu, este ano, um escritório próprio em Uberlândia – MG”, conta.

De acordo com Igor, as atividades da ME-LE ainda estão no início, mas já é possível notar benefícios diretamente para a comunidade e a cidade de Uberlândia. “Os impactos dessa iniciativa que se deu exclusivamente pela oportunidade de participar no programa Ciências sem Fronteiras serão mais claramente visualizadas no futuro. Além dos contatos e de todo o conhecimento no eixo que circulou entre as pessoas e instituições envolvidas – nesse trajeto, a ME-LE realizou inclusive um workshop em Belo Horizonte – atualmente tenho me envolvido com a empresa na busca de contatos de laboratórios para demanda por análises físico-químicas, e análise de currículos, para futuros funcionários de seu escritório”.

O ex-bolsista acredita que esse é um exemplo de como os estudantes que participaram do CsF podem contribuir para a realidade brasileira quando retornam ao país. “Quando observo esse exemplo sob o atual contexto de valorização da biomassa à matriz energética do país tal como programa político, fico satisfeito em observar que o Ciências sem Fronteiras, neste caso, pode colaborar para o país chegar mais próximo a esses objetivos”, conclui.

CsF
Lançado em dezembro de 2011, o Ciência sem Fronteiras busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq. Ao todo, 101.446 bolsas foram concedidas em quatro anos, conforme meta inicial do programa.

Consulte nesta página matérias sobre a atuação dos bolsistas do CsF.

(Pedro Arcanjo)